27 setembro 2006

Pessoas poderiam me pagar somente para ser uma boa pessoa.
Juro que ia me esforçar.

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15 setembro 2006

..!

Estou entrando em comunhão com o ar, a água, os animais, meu computador e outras forças da natureza. Não consigo mais lembrar em qual dia aconteceu o que, lembro apenas que aconteceu aproximadamente por aquela data - está tudo meio que se fundindo num grande dia só, e já não exatamente se eu é que sou dono do meu apartamento ou se os meus gatos o são (eu tenho quase certeza que eles estão me encarando como visita por lá).

Preciso trabalhar menos de 10 horas por dia novamente. Aaaaah!

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11 setembro 2006

Segunda-feira é o dia internacional da depressão.

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Através do espectro

Nas intersecções deve-se tomar cuidado para não sair dos caminhos começados, sob risco de não se achar mais caminhos para sair. Voltar não é uma opção quando se inicia a trilha, o que não torna uma via atrativa para quem teme o destino que se pode chegar. Tecnicamente, não é recomendável e nem saudável passar por estes lugares, mas na maior parte das vezes a escolha está além do alcance. Tal qual os cuidados que se deve ter quando se anda pelas beiradas das orbes, as intersecções são de igual perigo ou maior, visto que acumula elementos de todos os lados pelas quais são formadas, embora os perigos estejam mais ligados aos fluxos que por elas atravessam do que relacionados a seres que possam por ali estar. Poucas formas sobrevivem/existem/permeiam estes terrenos (terreno não é a melhor palavra, mas seria demais chama-los de planos ou mesmo de semi-planos) e, as que sobrevivem, são apáticas demais para fazer algum mal. Delas pode-se, no máximo, conseguir alguma informação ou história de algo que já passou por ali, mas pouquissimas foram as vezes constatadas em que responderam a algo, apenas observam as coisas através dos anos/séculos/eras numa espécie de resignação silenciosa que, ao que parece, não terá fim dentro do espaço de tempo que nos foi designado.

É recomendado não levar objetos de metal deste plano quando se for a este nexo (metal tende a perturbar as estruturas e aumentam o risco de criar uma onda de refluxo) e nem qualquer coisa pessoal além das próprias roupas, no caso de uma incursão física. Se algum objeto ou fragmento próprio for deixado para trás logicamente não se deve tentar recupera-lo, mas é aconselhável criar um círculo de defesa que dure duas semanas ou mais, ou utilizar alguma guia de acesso que possa desvincular o objeto da impressão que possui nesta membrana de realidade, impedindo que, caso achado, não sirva como servo-rastreador (sendo este segundo considerado mais seguro e eficaz, embora de maior complexidade na realização).

Mas aconteça o que acontecer, não tente voltar para trás.

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09 setembro 2006

A criança que mora no apartamento acima ao meu deve ter os dois pés feitos de madeira. Não é possível uma criatura conseguir bater tanto os pés no chão fazendo tanto barulho.

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06 setembro 2006

Meu traço é influênciado pelo Tim Burton antes de eu conhecer o trabalho do Tim Burton. Pior de tudo é que é verdade mesmo, eu já tinha um traço puxado pro estilo que uso atualmente antes de ver qualquer coisa dele, até mesmo o Estranho Mundo de Jack (que só fui assistir no meio de 2001 ou depois).

Lógico que depois que conheci o estilo do sr. Burton adotei algumas soluções dele, em especial a forma como eu trato alguns tons de cores... Mas o traço foi criado em cima de milhares de artistas, uma vez que eu não havia optado por um favorito quando comecei a desenhar, então pegava vários desenhos de vários estilos completamente diferentes entre si para copiar (acho que todo mundo começa copiando) e fui tirando o que mais me agradava de um e de outro, indo desde caras como Frank Miller até cartunistas como o Laerte, passando um bom tempo criando desenhos infantis e até mesmo tentando pegar um pouco de mangá e, quando dessa massa toda começou a surgir algo, fatalmente foi empurrado para caras como Mike Mignola, o já citado Burton e qualquer coisa dos grafites dos muros de São Paulo - não me comparando, nem de longe, a qualquer um deles, mas acho que é de onde eu absorvi/adaptei a maior parte das minhas soluções.

Ultimamente tem me batido novamente a vontade de correr atrás disso, de verdade. É algo que eu poderia até mesmo levar em paralelo ao que eu já faço, pra falar a verdade, eu desenho rápido. Acho que esta 'crise de adolêscencia' Tem um pouco a ver com toda uma carga de tensão e um certo aumento de responsabilidade, sempre parece uma saída para todos os problemas (mesmo ciente que não é), que eu estaria mais satisfeito fazendo isso que qualquer outra coisa. Não, não seria. Como um amigo meu disse outro dia, pode ser que, se passar a ser uma responsabilidade, perca totalmente a principal função que sempre teve na minha vida - que foi a de válvula de escape, um jeito de liberar o que está de ruim ou bom dentro de si (embora 99% das coisas que eu faço eu não esteja no melhor dos meus humores). Ou, pelo menos, um jeito de dividir/contaminar outras pessoas também...

De qualquer forma, o meu principal problema mesmo que eu pretendesse levar isso adiante agora seria o mesmo de sempre: eu preciso aprender a me vender. Não, não digo naquele sentido "oh, deus, vou prostituir minha arte" porque, se isso fosse preocupação, eu nem jogaria na internet e jogaria tudo no fundo do meu baú, trancado, para que quando alguém achasse pudesse vender por milhares de dólares (partindo do princípio que sim, eu tentaria ter uma morte trágica, pra combinar com o baú de arte enclausurada. Um sem o outro não faria sentido). Não, eu não sei levar o que eu quero mostrar pras pessoas certas ou, se mostro, não sei ficar apontando pra coisa e ficar falando "olha, fiz uma arbusto. Ele não é legal? Não é? Puxa, diga se não é o melhor arbusto que você já viu?" - sim, existem muitos desenhistas que ganham destaque porque sabem vencer o cliente no cansaço, diz tanto que é bom que mesmo que não seja, o cliente se convence que ele é o máximo.


[É a segunda noite seguida de insônia numa noite desgraçadamente fria, isso explica o momento reflexivo sobre os porques dos o ques eu faço. Vou tentar dormir, tentar acordar mais tranquilo e tentar não morrer de sinusite novamente pela manhã, como aconteceu no dia de ontem. Boa noite.]

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04 setembro 2006

O universo conspira para que eu não poste

Tentei postar dia 31 de agosto mas, infelizmente, houve uma explosão de postagens no dia que tiraram o sistema do blogger no ar. Pudera, aniversário do PCC, dia do nutricionista, dia do blog (nem sabia que isso existia) e, de quebra, meu aniversário também. Também é aniversário de morte do Baudelaire, mas acho que só eu (porque é meu aniversário) e meia dúzia de góticos (porque são góticos) lembram disso.

1 de setembro não pude escrever por falta de tempo durante o dia e a noite atravessei a cidade de uma ponta a outra. Sábado eu cheguei a abrir o blogger e escrever algumas linhas quando subitamente acaba a luz. Ontem eu não quis mexer com computadores mais que o necessário (no caso, para ver uns episódios de Frango Robô, desenho animado do Adult Swim).

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Aproveitando a postagem: sabe quando você vê alguma nova pesquisa e pensa "caralho, mas hoje em dia qualquer porra dá câncer"?

Pois é.

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